Prefeito esclarece situação do transporte universitário aos estudantes
Reunião realizada na Câmara Municipal foi um exemplo de democracia
ASSESSORIA DE IMPRENSA/PREFEITURA DE CORDEIRO
Ao decretar Situação de Emergência Econômico-Financeira em Cordeiro, o prefeito Luciano Batatinha teve de tomar medidas impopulares, mas extremamente necessárias. Obrigado a conter gastos, ao se deparar com os altos custos dos serviços que garantiriam transporte gratuito aos universitários, ele concluiu que seria inviável para a Administração Municipal manter o pagamento integral do benefício, propondo aos estudantes o custeio de 50% dos valores, com o restante sendo arcado por eles.
Mantendo diálogo franco, pautado na democracia, Luciano agendou encontro com os estudantes, realizado na quinta, 9, na Câmara Municipal. Com o plenário repleto de universitários e a presença do CATU (Conselho Administrativo do Transporte Universitário), juntamente com a vice-prefeita Maria Helena e os secretários de Administração, André Mion; Educação, Luiz Antônio Cavalheiro; Desenvolvimento Social, Letícia Reis; Defesa Civil, Ailton Taveira; e o procurador Alexandre Bezerra, o prefeito se pronunciou oficialmente sobre o tema.
O secretário de Administração iniciou o encontro abordando a crise financeira e as dívidas deixadas pela administração passada, que comprometeram o orçamento anual. André Mion expôs que a contratação dos ônibus para atender à demanda ficaria em torno de R$ 900 mil por ano, algo impossível de ser assumido pelo município hoje. No entanto, disse que todos os esforços serão feitos para modificar esse panorama. “As portas e as contas da Prefeitura de Cordeiro estão abertas à apreciação popular, pois nesse governo tudo será feito às claras. Aproveito para convidá-los a acompanhar o processo licitatório para a contratação dos ônibus”, convocou Mion.
Aparentando serenidade, mas firmeza nas palavras, Luciano Batatinha relatou que sua equipe fez todos os estudos técnicos para manter o benefício, mas que infelizmente não restava outra saída. Como justificativa, reforçou a falta de planejamento de gestões anteriores e as dívidas da municipalidade, que somadas, incluindo salários de servidores, aposentados e pensionistas atrasados, inadimplência com fornecedores e falta de repasses a instituições atingem cifras astronômicas. “Infelizmente, o remédio amargo dado hoje visa colher frutos mais doces num futuro próximo. Não sou irresponsável em deixar faltar medicamentos nos postos, educação de qualidade e merenda nas escolas, médicos para os pacientes e uma cidade limpa e organizada. A decisão dói, mas é imprescindível”, confirmou Luciano Batatinha.
Aberto aos questionamentos dos estudantes e respondendo todas as indagações, Luciano ouviu algumas sugestões, como a utilização dos ônibus da frota municipal, embora haja uma série de impedimentos para a utilização, incluindo o fato de os veículos atenderem às crianças do Ensino Fundamental. Outro ponto foi a falta de informação quanto a contrapartida financeira dos alunos, ao que prefeito e secretários esclareceram que é necessária a conclusão do processo licitatório para que os valores cifras sejam conhecidos. “Podem ter certeza que faremos tudo para atendê-los da melhor forma possível, mas dentro das possibilidades do município, que hoje enfrenta graves problemas financeiros”, reiterou o prefeito.
Antes de finalizar, Luciano agradeceu a todos os presentes, incluindo os vereadores Elielson Francinha, Jussara Barrada, Róbson Careca, Amilton Biti, Marcelo Duarte, Thiago Macedo e Fabíola Carvalho, deixou em aberto a marcação de outra reunião com os estudantes para informá-los sobre os avanços no andamento do processo e ouviu sua vice dizer que o encontro foi ideia da administração. “Comprovamos a nossa clara intenção de realmente instaurar um governo participativo. Essa conversa olho no olho, com verdade nas palavras é o que temos de melhor, pois não assumimos a administração para mentir ou enganar as pessoas”, disse Maria Helena.
TEXTO/FOTOS – RICARDO VIEIRA